Temos fotos (847), videos e muita coisa a relatar como, por exemplo, que Roma é um imenso museu a céu aberto; que Veneza (f) é de fato maravilhosa; que Florença é o berço da cultura renascentista; que o Vaticano tem mais ouro do que 'Serra-pelada' jamais sonhou, e; que é possível andar mais de 10 horas por dia, durante duas semanas a fio (arf!) etc etc.
Mas antes de tratarmos do passeio em si, vou relatar como as coisas podem sair do controle e tornar a viagem, digamos, mais interessante. Afinal, quem nunca ouviu falar em extravio de bagagem?
Chegamos no Rio de Janeiro depois do almoço e devíamos sair às 18hs, aproximadamente, com destino a Milão (conexão em Lisboa). Era setembro e a viagem prometia muito. Estava com minha esposa e os pais dela, prontos para conhecer a Itália de norte a sul. O plano era descer até Capri, ilha ao sul na famosa bota mediterrânea (não confunda com a gigante Sisília).
O aperto começou por causa do atraso no voo da TAP. Como chegamos uma hora atrasados em Lisboa, perdemos nossa conexão para Milão. Tivemos de ir para Madri e de lá pegar outra aeronave para o destino planejado. Frustrados, pois já sabiamos que perdemos tempo precioso, fomos para a fila da imigração. Tranqüilo. Após uma piadinha sem graça, o oficial da imigração deixou nós quatro passar sem muita onda. Teve gente que não teve a mesma sorte.
Para aproveitar a deixa, vai ai a dica: não viaje sozinho e, se for mulher, jamais use roupas justas, decotadas ou chamativas. Pouca maquiagem, porque para eles o 'estilo tropical brasileiro' é um pulo para cair na prostituição. E não tem choro, mandam de volta mesmo.
Em Madri soubemos que nosso próximo avião seria da Alitália. (...) 'Alitália? Não estão de greve?' 'Não', respondeu a comissária, 'estão falindo...' Bom saber, afinal tivemos dois acidentes no Brasil há poucos meses, mas as Cias eram financeiramente sólidas, pensei.
O voo da Alitália parecia um curta da série 'Apertem os cintos, o piloto sumiu.' O avião balançava e fazia mais barulho que uma charrete.
Milão finalmente, com oito horas de atraso e em outro aeroporto, diferente do planejado. Passa o tempo, uma turma na esteira e nada das malas. Bingo!, não tem malas. 'Elas se perderam' no caminho. Vamos para o balcão da Alitália. Cade as malas? 'Estão com a TAP, em algum lugar'. E não tem balcão da TAP neste aeroporto. (...)
Aqui no blog é facil descrever, porque no dia, cansados e com um jet-lag de 36 horas na cabeça, tentando falar em italiano, rapaz... complicado. Para resolver, deveríamos deixar o nome e endereço do Hotel que eles iriam entregar as malas para a gente. Hotel? Endereço? Passaríamos por mais de dez cidades, de trem até Capri: como era possível deixar tanta informação? Não tem mais mala, nunca mais, pensei. Relaxa, vamos em frente. Deixamos uma cópia do roteiro que a Ana preparou (em portugues) para o 'tiozinho' italiano no balcão. (...com certeza nunca mais vou ver minhas malas...) Vamos comer alguma coisa e fazer o check in no Hotel. (...)
Milão! estilistas famosos, grandes times de futebol e uma das maiores cidades da europa:
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Uma cueca, uma camiseta sem vergonha e um par de meias a 50 Euros? Catzo!, porque eu não coloquei nada disso na minha mochila?
Para encerrar a perda das malas, vamos colocar as coisas da seguinte forma: cinco dias com a mesma roupa - nas fotos, estamos sempre com o mesmo visual. Lavava as peças intimas nos hotéis e devo ter queimado uns três secadores de cabelo até aprender bem como se faz para secar meias e cuecas. Entregaram as bagagens apenas em Veneza, o que foi muito bom, pois pudemos viajar bastante, a pé e de trem pelas cidades, sem ter malas para carregar. Depois, já no Brasil, a TAP indenizou a gente pelo transtorno após duas ligações simples e um pedido formal por email. Se a TAM e a GOL fossem assim...
E hoje para qualquer lugar que eu for, sem exceção, levo na mochila um jogo de cuecas, meias e escova de dentes para o caso de uma eventualidade. Depois eu posto mais informações, fotos e videos. ; )
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