quinta-feira, 26 de março de 2009

O Lugar Mais Bonito


Eu ia continuar com a viagem do Uruguay, mas vou dar uma pausa para contar sobre um dos lugares mais legais que já conheci.
Se não foi o mais bacana, com certeza foi o mais bonito: Bariloche.
Eu queria esquiar fazia tempo, mas o preço e a época do ano não favoreciam os planos, até que surgiu aquele pacotinho barato num hotel duvidoso.. Era final de agosto e também tivemos muito receio se encontraríamos neve nas montanhas para esquiar. Mas como estava barato, por que não arriscar?

Fizemos conexão em Buenos Aires e tocamos para a cidade que atrai muitos brasileiros no inverno. Verdade! Os argentinos acharam um cognome bem ilustrativo: 'brasiloche'. Com tom indignado, eles dizem a quem quiser ouvir que a cidade vira um 'inferno' com os brasileiros na alta temporada. Esse foi um dos motivos que pensamos bastante antes de ir para lá. Em geral, quando um lugar recebe muitos brasileiros, os 'nativos' criam certa antipatia. Estranho, mas sempre que encontramos o nosso povo no exterior, viajando 'de galera' principalmente, eles estão fazendo muito barulho e são, muitas vezes, extremamente inconvenientes. Temos de lembrar que nem todos gostam desse 'jeitinho brasileiro brincalhão e alegre'. Já existem aqueles sem noção alguma de educação, mas o negócio parece ficar pior quando saem de férias. Vou relatar apenas um episódio para não parecer que é besteira. Vale a pena para refletir:
Estavamos em Bariloche, numa lojinha de artigos baratos, típicos para turistas. Sabe aqueles chaveirinhos e cacarecos de qualidadezinha sem vergonha? Então. Qualquer ilustre que entrasse na loja veria que a camiseta de quinze pesos (!) não valia nada mesmo. Era presente (regalo) barato para as tias e sobrinhos distantes ou para quem voce realmente não gosta. Mas estava lá uma jovem senhora falando alto e reclamando bastante: 'Olha isso! Que porcaria! Não vale nada!' Enquanto bradava, pegava as peças e esgarçava as golas, detonando uma a uma. Ela não perecia interessada em comprar, mas apenas em falar mal dos argentinos e destruir o que encontrava pela frente. A vendedora, visivelmente cansada (chegam a trabalhar das 09:00 às 23:00, sete dias por semana na temporada), fingia que não estava entendendo para não ter de tomar uma atitude. Fiquei com vergonha de ter nascido no mesmo país daquela idiota. Para resumir, dá a impressão que muitos brasileiros que vão a Bariloche chegam 'apavorando', zoando pelas ruas e sem a menor noção de educação com los hermanos. Parecem pensar que a rixa no futebol pode ser extravasada em qualquer lugar, especialmente atrás da 'prerrogativa de turista'.
Mas superado o incidente, fizemos vários passeios: 'Circuito Chico', passeio ao Refúgio Neumeyer (voce não imagina a pronúncia disto em espanhol) e a impagavel pista de 'esqui-bunda.' Este é um trenozinho pequeno, com um manche, em que voce senta, estica as pernas e despenca ladeira baixo, na neve, atropelando quem fica pelo caminho. É a brincadeira mais legal na neve. Tão emocionante que perdemos a noção da hora e ficamos sem transporte de volta ao Hotel. Sem telefone no parque para chamar um taxi, escurecendo e muito longe de qualquer lugar, nosso pequeno grupo - dois casais, apenas - começou a se preocupar. Devido a insistência de pessoas de outra excursão, conseguimos uma carona até a cidade. Pelo povo de lá, teríamos ficado na montanha, largados a própria sorte.
Outro passeio que merece ser feito é a rota até o refúgio Neumeyer, de jipe. Além da trilha 4x4, tem opção de esqui alpino e a caminhada até uma lagoa congelada em cima da montanha:


Já o Cerro Catedral é o mais indicado para esquiar:


Por oportuno, vamos as dicas: 1) NUNCA siga os guias da excursão para alugar seus esquis. Você vai pagar uma fortuna e se submeter a situações horrorosas. Exemplo? tentaram reter nossos passaportes para garantir que devolveríamos os equipamentos. Procure as lojas mais distantes das pistas. São comerciantes que têm de tratar bem os clientes que conseguem 'tirar' das operadoras de turismo local e não se incomodam de dar muitas dicas úteis. 2) Se nunca esquiou, não deixe de fazer aulas. Não adianta tentar sozinho. O negócio tem sua técnica própria e você vai ganhar muito tempo de diversão se pegar uns atalhos com os professores. Ainda: se puder faça aulas individuais, ou em grupos bem pequenos, e de no máximo uma hora. Muita gente está lá apenas pela festa, não querem aprender nada e empatam as lições. Tudo vira motivo para fotos e os instrutores ainda acham graça. Muito tempo de aula também não adianta: aprenda pouco de cada vez e pratique depois sozinho. Em uma temporada, definitivamente, você não vai se tornar um 'ás' do snowboard. 3) Luvas de neve, por melhor que sejam, necessitam de luvas de tecido por baixo. Com a transpiração, a umidade não é totalmente absorvida pela luva externa e se acumula nas mãos. Isso gela! O mesmo com relação as meias. Leve sempre um par extra na mochila. Por melhor que seja sua bota, se ficar com as pernas enfiadas na neve vai entrar umidade e voce vai sentir dores de tanto frio. Dá para colocar jornal entre as meias e as botas. Aquece bastante e alivia o problema do suor. Por sinal, mesmo que esteja com calor, nunca se separe de suas luvas. O contato das mãos diretamente com a neve queima. 4) Leve sempre agua potável na mochila, não fume e não beba alcool. Na montanha voce desidrata rápido, a baixa pressão facilita a bebedeira e o surgimento de trombose. 5) Por fim, deixe para comprar gorros lá, pois os nossos não protegem o suficiente. São baratinhos. Use roupas de cores vibrantes para ser visto e evitar acidentes.

No mais é isso. Apesar de ser muito 'popular', Bariloche é uma das poucas cidades que fica bem próxima das estações de esqui e tem vários programas interessantes para quem não quer ficar na montanha o tempo inteiro.

quarta-feira, 25 de março de 2009

MONTEVIDEO (entendeu?)

Desta vez vamos falar de uma viagem muito boa. Pelo preço, duração do vôo e pelas pessoas bacanas que conhecemos, posso dizer que superou todas as expectativas.
Carnaval... sem grana. O que fazer? Da-lhe Deni (Blumenau) com a idéia salvadora em cima do laço: URUGUAY!, ela disse. Quanto? Trezentos e poucos dólares por pessoa, cinco dias, com dois passeios mais citytour? Deve estar brincando, pensei. Bem.. a Deni nunca nos colocou em roubadas.
Dá-lhe poltroninha apertada da GOL. Chegamos e inicialmente a impressão é de que Montevideo já foi uma capital muito portentosa. Teve um passado glorioso, com certeza, mas hoje não ostenta o mesmo brilho. Apesar de manter certos bairros vistosos, com casas coloniais imponentes, calçadas cuidadas e ruas arborizadas, a cidade não consegue esconder o triste retrato da crise financeira que se instalou no Uruguay faz muitos anos. Há intenso contraste entre a beleza natural do lugar com os prédios decadentes e carros velhos. Estranho mencionar, mas não vimos um shopping na capital com piso de granito. As pessoas te olham num misto de curiosidade e estranheza. Não parecem acostumados com turistas, apesar de aceitarem dólares sem titubear. De repente começamos a perceber que o custo do pacote refletia o momento econômico do país. (...)
Montevideo tem um mercado municipal festejado pelos moradores como 'o' ponto turístico (eh bem menor do que o de Curitiba e tah na fila para reforma). O fato é que ele foi projetado pelo mesmo engenheiro que fez a Torre Eiffel - com aquelas treliças características, e é cheio de churrasqueiras gigantes para fazer a tal da Parrilhada. Vejam só:
Tem também as famosas 'Ramblas' que, em árabe, significa 'caminhos de areia'. São calçadas MUITO largas a beira do Rio da Prata que deixa o calçadão de Copacabana parecendo uma esteira de academia. Obviamente não é tão bonita quanto a ciclovia carioca, mas é de fato enorme. São ótimas para caminhar de manhã:
A cidade é relativamente pequena, dividida entre a parte velha, próxima ao porto com ótimos restaurantes para jantar, e a nova, com vários parques lindos (vale a pena perder uma manha passeando neles), quadras públicas de tenis e de golf!! Mas vamos aos fatos curiosos:
Primeiro o nome da cidade, Montevideo. Reza a lenda que isso se deve aos mapas preliminares dos exploradores espanhóis que - com letra ruinzinha, imagino - anotaram a referência do lugar: 'o Monte VI (o sexto monte) D (na direção) EO (leste para oeste). Junte tudo e fica MONTE-VI-DEO. Montevideo! ..ãh??.. Ouvi bem? Isso mesmo. Já pesquei estórias insólitas, mas esta é no minimo interessante. Tá lá até hoje: Montevidéo, com acento para nós.
Os táxis: junto com o trânsito, merecia um capítulo próprio. São carros velhos, com pequenas batidas. Tem muito Corsa da GM e, junto com os demais loucos ao volante, 'voam' pelas ruas.
Se voce tirar um fim-de-tarde para ficar num bareco ao lado das ramblas, com certeza vai ver uma batida. Escolha um boteco próximo a um sinaleiro que não tem erro. Mas isso não é tudo.
Algum maladro fez um lobby no governo 'em prol da segurança dos pobres taxistas' para que todos fossem equipados com vidros a prova de balas. Mas a proteção fica apenas entre os passageiros e os motoristas. Bem... além de não proteger ninguem contra roubos, elas são um atentado contra qualquer norma mínima de segurança no trânsito.
Imagine voce, dentro de um taxi a 100 km/hora, sem cintos de segurança, apertado entre o banco e um vidrão grosso colado na sua cara. Se o carro bater vão raspar o que sobrou de você com uma espátula. Ah!, as janelas laterais do carro não são protegidas e os taxistas andam sempre com elas abertas. Na parte blindada, tem um 'buraquinho' para passar o troco, mas deve ser somente para turistas. Depois de uma ou duas corridas, voce aprende que é mais facil descer e pagar o motorista pela janela mesmo. Quanto tempo demorou para que os ladrões percebessem isso?
Mais uma coisa esquisita sobre os pontos de táxi (eu disse que dava um capitulo...): tem uma piazada que abre as portas para as pessoas nos pontos e pedem uns trocados por isso. Se os passageiros não dão a gorgeta, os motoristas entregam umas moedas. Sem problemas!, parece uma espécie de tradição da cidade, mas é muito estranho. Dificil acostumar e quando eles chegam atrasados, correndo apenas para fechar as portas, voce pensa que é assalto.
Já falei para não ir em hipótese alguma para Montevideo no Reveillon? Depois eu explico e aproveito para postar sobre Colonia Sacramento, Casa Pueblo e Punta Del Este. Aliás, adianto que Punta é linda e nos pareceu qualquer coisa entre Miami e Balneário Camboriú/SC.
Ah!, tava esquecendo. Depois de jantar próximo ao mercado municipal, entrando no táxi, fomos abordados por um 'abridor de portas' que pediu moedas. Eu disse que não, sem cerimônia, ao que ele respondeu: 'Ei, cara, eu sou brasileiro também! Me ajuda.' Rapaz... a crise tah tão feia que exportamos até mendigos.

terça-feira, 10 de março de 2009

Outlet em Nova Iorque



Continuando o texto anterior, segue ao lado a tal da foto da ponte do Brooklin: ao fundo temos parte do skyline de NY e nós com as indiscutíveis jaquetas de turistas. Mas vamos falar agora um pouco de compras que, em Manhatan, é uma necessidade indiscutível. Tem de tudo. O que voce procurar, em NY voce encontra. Pode dar trabalho, mas tem em algum lugar. Existem várias categorias e começamos a examinar as grandes lojas de departamentos multi marcas, como a Sacks - esta um ícone norte americano, a Macys, Bloomingdale’s e outras. Leva uma tarde inteira para ver o que cada uma oferece. Tem óculos, relógios, camisas pólo, roupas de calor e de frio, agasalhos de academia, meias e eletrodomésticos. Tem de tudo mesmo. O americano consegue realmente diversificar os produtos num mesmo espaço, trazendo novo alcance aos conceitos de 'mega-store' e lojas de departamentos. É quase uma cidade. Depois temos as lojas especializadas famosas, como de briquedos 'Fao Swartz' e 'Toys R Us', as lojas de CDs (extinta Vigin da Times Square), a loja da Apple debaixo do quadradão de vidro proximo ao central park, etc. Os preços são muito em conta, na maioria. Mas alguns artigos não valem a pena, como por exemplo as bermudas vendidas na Quiksilver, a U$.90,00. Em geral eletrônicos e cameras são uma boa pedida, mas não entrem em lojinhas tipo 1,99 que proliferam por lá. São repletas de vendedores pegajosos, insistentes e os produtos são de origem super duvidosa. Para reconhecer uma lojinha é facil: na vitrine tem um monte de cameras, bonés e DVDs players portáteis e os vendedores não usam qualquer uniforme que identifique a loja. É roubada na certa. Quer uma maquina fotográfica? Vá na BH (www.bhphotovideo.com/) e fale com o Moisés, brasileiro mais conhecido do que moeda de um real. Quer um notebook? Procure a mega store ou representante oficial da marca. Por fim, temos os famosos Outlets, ou shoppings de descontos. É para onde vão todas as peças das lojas que não foram vendidas nem na liquidação. Chegam a ter mais de 80% de desconto. O dificil é encontrar algo com o seu numero. Em geral são peças 'size' XXL. O mais famoso dos Outlets é o Woodbury:
Fica fora de Manhatan (para evitar o 'fogo amigo') e existe muitas agências que levam os turistas para lá. Não vale a pena ir de carro alugado, pois a estrada pode ser perigosa com animais - p. ex. as renas atravessando de surpresa na frente dos carros - e gelo na pista. Pague U$.60,00 e relaxe no passeio. Atenção especial para a loja da Sony, da Okley e da Timberland. Mas são tantas que seis horas é pouco para vê-las. Tem também Lacoste e Prada dentre outras. Mas nesses casos, os preços não são tão atrativos para se chamar de 'oportunidade' e as coleções são antigas com pouca opções de cores e tamanhos. De mais a mais, em Manhatan é facil encontrar boas promoções com excelentes preços. A melhor época, segundo informações de outros viajantes, é logo após o Reveillon. Mas tenha sempre calma para não se empolgar com coisas que voce provavelmente nunca irá utilizar, como por exemplo uma luva de baiseball do yankees. Tenha em mente também que tudo o que voce comprar tem de caber nas malas (maximo duas por passageiro, pesando até 32 kg cada) e ainda passar na Receita Federal quando voltar para o Brasil. : )

quarta-feira, 4 de março de 2009

Carnaval no Central Park com muita neve.



Então... disse que eu e minha esposa Ana Paula (foto) iamos passar o Carnaval em Nova Iorque para fugir do calor e do agito. Aproveitar a ocasião para fazer boas compras. Foi mais ou menos assim: Chegamos no aeroporto JFK às 05:40 da manha e podemos ver que o frio seria de lascar. E se não bastasse as temperaturas baixas, tivemos também a compania incansável do vento, durante todos os dias. Li bastante sobre Nova Iorque, mas em nenhum lugar fui informado que o vento em Manhatan, muitas vezes 'encanado' nas esquinas, era uma constante no inverno e atormentava os turistas mais desavisados. Ficamos hospedados no The Pod Hotel, entre a 1ª e a 2ª Avenida, na Rua 51:

http://www.thepodhotel.com/

Eh do tipo que se convencionou chamar de 'Hotel Design'. E isso, na minha opnião, é o que se pode dizer de hoteis com micro-quartos e decoração mais 'descolada', moderninha. Deve ser uma espécie de 'compensação', ou talvez a unica forma de convencer as pessoas a pernoitar ali. Na cama pequena, o casal pode revezar o canto preso junto a parede e a beirada, com o risco de cair no chão. Não cabem mais de duas malas no quarto. Se fizer muitas compras, ou um dorme no corredor ou tem de solicitar na recepção um espaço extra no depósito. Mas o que realmente vale neste hotel é a ótima localização, bem central. Da para visitar a pé desde o museu Guggenheim (Upper East Side) até, para os mais animados, Wall Street no Financial District. Por sinal, conhecemos a pé a cidade inteira. Certa ocasião andamos mais de 90 quadras, em zigue-zague, do Battery Park (extremo sul da ilha), passando pela Ponte do Brooklin, Soho, Chinatown e Times Square até o Hotel. Pernada (!) que rendeu caimbras por dois dias. Mas valeu. Pudemos ver os contrastes de NY. Quando voce vira uma esquina em Chinatown e entra no Soho, por exemplo, a paisagem, os prédios, as ruas e as pessoas circulando mudam dramaticamente. Parece brincadeira, mas é questão de atravessar a rua e voce está em outro 'universo' completamente diferente. O Soho, por sinal, é considerado o bairro dos artistas, das lojas caras de grife e muito frequentado pelos estudantes universitários. Com prédios baixos restaurados, pouco movimento de automóveis, é um dos bairros mais bacanas para passear, tal qual o West Village - este último famoso pelos 'lofts' e pelos residentes de orientação sexual, digamos, diferenciada. Quem preferir ir objetivamente direto ao ponto, pode optar pelo metrô. São dois dólares cada ticket e te leva a todas as partes com conexões. Outra opção imperdível é atravessar a Ponte do Brooklin para ver o famoso 'skyline' de NY do continente. Depois eu posto uma foto, mas, se tiver pressa busque 'NY skyline' no google images. Eh um clássico:

http://images.google.com.br/images?hl=pt-BR&q=ny%20skyline&um=1&ie=UTF-8&sa=N&tab=wi

Tem também o famoso Pier 17 no pé da ponte com bons restaurantes e uma pequena galeria de lojas. Da para bater altas fotos em dias ensolarados. Por conta da crise financeira e do final do inverno, encontramos a cidade em liquidação, com descontos de até 80%. A loja da Virgin na Times Square e mais outras cem empresas estão fechando e queimando todo o estoque. Vimos filmadoras da JVD por 270 dolares! Realmente, é dificil respeitar as cotas da Receita Federal e os limites de bagagem das cias aéreas. Diferente do esperado, tivemos uma grata surpresa em NY: você encontra comida para todos os gostos, sem ter de engolir Mac Donalds todos os dias. Mas tem os lembretes de quem se deu mal: primeiro, fuja do Pizza Hut. A Super Supreme deles não lembra nada aquela que é servida no Brasil. Além disso o restaurante é sujo e mal frequentado. Parece cantina de indigentes. O Planet Hollywood também é uma farsa. Comidinha ordinária e decoração que tenta misturar o Parque dos Dinossauros com Comandos em Ação. Patético e decadente. Se estiver na Times Square vá direto para Hard Rock Café que não tem erro. Sanduíches e pratos quentes, com muito molho de tomate no melhor estilo americano, com direito a ver o manuscrito de 'L.A. Woman' colado na parede logo na entrada, ao lado de outras preciosidades. O copão de 700 ml de Pepsi é o 'size' disponível. Tem também alguma coisa mexicana que não chegamos a provar. Para tomar café da manhã o que encontramos de melhor é a franquia 'Pax' (pessoas em frances). Não tem como errar, pois o letreiro é grande e amarelo. Preço bom, com muitas opções de frutas, pães etc. O mais próximo que pudemos chegar do café da manha no Brasil. O second best da viagem é a pizza do Mike, ou simplesmente Original Mike´s Pizza (1315, Lexington Ave, prox ao Guggenheim). Não se assuste com o lugar. É esse mesmo: minúsculo! - tem 'gente escondida' no porão. Maravilhosa e idêntica as pizzas que comemos em Roma. Massa fininha e otimo tempero. Não nos demos a oportunidade para grandes extravagâncias culinárias, pois sequer levamos roupas adequadas a um restaurante mais chique. Lembramos que os nova iorquinos se vestem em geral muito bem e nossas jaquetas coloridas - típicas de turistas - causariam constraste com a sobriedade dos nativos. Se tiver dificuldades para achar lojas ou outras informações, siga para a famosa loja da Apple, na 5ª Av, entre a 58 e 59st. Tem internet 'grátis' (Mozilla Fire Fox), banheiros limpos e calefação. Por falar em calefação, se o objetivo era fugir do calor não poderíamos ter escolhido lugar melhor: no penúltimo dia da viagem, 02 de março, pegamos uma tempestade que fez despencar os termômetros para -17º. Segundo o Weather Channel, devido ao vento a sensação térmica era de -22º!!! Acordamos muito cedo para 'ver a neve' e bater muitas fotos. O Central Park fica maravilhoso e vale a pena o esforço.

http://www.youtube.com/watch?v=tAeVGFoar3A

Caminhando pela cidade, a hipotermia era questão de tempo. Não é a toa que o Starbucks tem uma loja a cada cinco quadras. Para terminar, a volta: o piloto da TAM foi 'brincar' no central park, escorregou no gelo, caiu e quebrou o braço um dia antes do nosso voo para o Brasil. Tiveram de buscar outro comandante que chegou tres horas depois do horário previsto para a nossa decolagem. O saldo foi uma noite em São Paulo, aguardando a conexão para Curitiba, confortavelmente alojados num hotel parceiro da TAM. Depois posto mais fotos e informações que ficaram de fora. Abs.