quarta-feira, 4 de março de 2009

Carnaval no Central Park com muita neve.



Então... disse que eu e minha esposa Ana Paula (foto) iamos passar o Carnaval em Nova Iorque para fugir do calor e do agito. Aproveitar a ocasião para fazer boas compras. Foi mais ou menos assim: Chegamos no aeroporto JFK às 05:40 da manha e podemos ver que o frio seria de lascar. E se não bastasse as temperaturas baixas, tivemos também a compania incansável do vento, durante todos os dias. Li bastante sobre Nova Iorque, mas em nenhum lugar fui informado que o vento em Manhatan, muitas vezes 'encanado' nas esquinas, era uma constante no inverno e atormentava os turistas mais desavisados. Ficamos hospedados no The Pod Hotel, entre a 1ª e a 2ª Avenida, na Rua 51:

http://www.thepodhotel.com/

Eh do tipo que se convencionou chamar de 'Hotel Design'. E isso, na minha opnião, é o que se pode dizer de hoteis com micro-quartos e decoração mais 'descolada', moderninha. Deve ser uma espécie de 'compensação', ou talvez a unica forma de convencer as pessoas a pernoitar ali. Na cama pequena, o casal pode revezar o canto preso junto a parede e a beirada, com o risco de cair no chão. Não cabem mais de duas malas no quarto. Se fizer muitas compras, ou um dorme no corredor ou tem de solicitar na recepção um espaço extra no depósito. Mas o que realmente vale neste hotel é a ótima localização, bem central. Da para visitar a pé desde o museu Guggenheim (Upper East Side) até, para os mais animados, Wall Street no Financial District. Por sinal, conhecemos a pé a cidade inteira. Certa ocasião andamos mais de 90 quadras, em zigue-zague, do Battery Park (extremo sul da ilha), passando pela Ponte do Brooklin, Soho, Chinatown e Times Square até o Hotel. Pernada (!) que rendeu caimbras por dois dias. Mas valeu. Pudemos ver os contrastes de NY. Quando voce vira uma esquina em Chinatown e entra no Soho, por exemplo, a paisagem, os prédios, as ruas e as pessoas circulando mudam dramaticamente. Parece brincadeira, mas é questão de atravessar a rua e voce está em outro 'universo' completamente diferente. O Soho, por sinal, é considerado o bairro dos artistas, das lojas caras de grife e muito frequentado pelos estudantes universitários. Com prédios baixos restaurados, pouco movimento de automóveis, é um dos bairros mais bacanas para passear, tal qual o West Village - este último famoso pelos 'lofts' e pelos residentes de orientação sexual, digamos, diferenciada. Quem preferir ir objetivamente direto ao ponto, pode optar pelo metrô. São dois dólares cada ticket e te leva a todas as partes com conexões. Outra opção imperdível é atravessar a Ponte do Brooklin para ver o famoso 'skyline' de NY do continente. Depois eu posto uma foto, mas, se tiver pressa busque 'NY skyline' no google images. Eh um clássico:

http://images.google.com.br/images?hl=pt-BR&q=ny%20skyline&um=1&ie=UTF-8&sa=N&tab=wi

Tem também o famoso Pier 17 no pé da ponte com bons restaurantes e uma pequena galeria de lojas. Da para bater altas fotos em dias ensolarados. Por conta da crise financeira e do final do inverno, encontramos a cidade em liquidação, com descontos de até 80%. A loja da Virgin na Times Square e mais outras cem empresas estão fechando e queimando todo o estoque. Vimos filmadoras da JVD por 270 dolares! Realmente, é dificil respeitar as cotas da Receita Federal e os limites de bagagem das cias aéreas. Diferente do esperado, tivemos uma grata surpresa em NY: você encontra comida para todos os gostos, sem ter de engolir Mac Donalds todos os dias. Mas tem os lembretes de quem se deu mal: primeiro, fuja do Pizza Hut. A Super Supreme deles não lembra nada aquela que é servida no Brasil. Além disso o restaurante é sujo e mal frequentado. Parece cantina de indigentes. O Planet Hollywood também é uma farsa. Comidinha ordinária e decoração que tenta misturar o Parque dos Dinossauros com Comandos em Ação. Patético e decadente. Se estiver na Times Square vá direto para Hard Rock Café que não tem erro. Sanduíches e pratos quentes, com muito molho de tomate no melhor estilo americano, com direito a ver o manuscrito de 'L.A. Woman' colado na parede logo na entrada, ao lado de outras preciosidades. O copão de 700 ml de Pepsi é o 'size' disponível. Tem também alguma coisa mexicana que não chegamos a provar. Para tomar café da manhã o que encontramos de melhor é a franquia 'Pax' (pessoas em frances). Não tem como errar, pois o letreiro é grande e amarelo. Preço bom, com muitas opções de frutas, pães etc. O mais próximo que pudemos chegar do café da manha no Brasil. O second best da viagem é a pizza do Mike, ou simplesmente Original Mike´s Pizza (1315, Lexington Ave, prox ao Guggenheim). Não se assuste com o lugar. É esse mesmo: minúsculo! - tem 'gente escondida' no porão. Maravilhosa e idêntica as pizzas que comemos em Roma. Massa fininha e otimo tempero. Não nos demos a oportunidade para grandes extravagâncias culinárias, pois sequer levamos roupas adequadas a um restaurante mais chique. Lembramos que os nova iorquinos se vestem em geral muito bem e nossas jaquetas coloridas - típicas de turistas - causariam constraste com a sobriedade dos nativos. Se tiver dificuldades para achar lojas ou outras informações, siga para a famosa loja da Apple, na 5ª Av, entre a 58 e 59st. Tem internet 'grátis' (Mozilla Fire Fox), banheiros limpos e calefação. Por falar em calefação, se o objetivo era fugir do calor não poderíamos ter escolhido lugar melhor: no penúltimo dia da viagem, 02 de março, pegamos uma tempestade que fez despencar os termômetros para -17º. Segundo o Weather Channel, devido ao vento a sensação térmica era de -22º!!! Acordamos muito cedo para 'ver a neve' e bater muitas fotos. O Central Park fica maravilhoso e vale a pena o esforço.

http://www.youtube.com/watch?v=tAeVGFoar3A

Caminhando pela cidade, a hipotermia era questão de tempo. Não é a toa que o Starbucks tem uma loja a cada cinco quadras. Para terminar, a volta: o piloto da TAM foi 'brincar' no central park, escorregou no gelo, caiu e quebrou o braço um dia antes do nosso voo para o Brasil. Tiveram de buscar outro comandante que chegou tres horas depois do horário previsto para a nossa decolagem. O saldo foi uma noite em São Paulo, aguardando a conexão para Curitiba, confortavelmente alojados num hotel parceiro da TAM. Depois posto mais fotos e informações que ficaram de fora. Abs.

Um comentário:

  1. Que bacana mesmo.... ir para New York e poder passear no Central Park com neve , sem duvida alguma uma das melhores viagens.

    Abraços

    Marcelo
    Viva viagens

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